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Cúpula do Clima da América aconteceu de 25 a 27 de junho na Colômbia.

Indígenas de diversas etnias também participaram do evento, incluindo os Mundurukus, Cinta Larga e Parintintins.

Cúpula do Clima da América aconteceu de 25 a 27 de junho na Colômbia.
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O principal evento sobre mercados de carbono da América Latina e do Caribe, organizado pela IETA (International Emissions Trading Association) e pela ASOCARBONO (Asociación Colombiana de Actores del Mercado de Carbono), ocorreu em Cartagena das Índias, na Colômbia, de 25 a 27 de junho.

Segundo Leonardo Lopes Pimenta, advogado da maior desenvolvedora de créditos de carbono no Brasil, a Brazil Agfor, especializada em executar e gerenciar projetos relacionados a créditos de carbono, os principais tópicos discutidos foram as regulamentações dos mercados de carbono nos países da região, a implementação adequada de salvaguardas e co-benefícios, projetos REDD+ e programas jurisdicionais, a sincronização de instrumentos entre diferentes jurisdições e a contribuição do mercado voluntário de carbono para as ações climáticas.

Com dezenas de eventos sobre ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), autoridades governamentais, empresariais e líderes de opinião de todo o mundo se reuniram para colaborar no setor de mercado de carbono.

Ainda de acordo com Leonardo Pimenta, esse encontro permitiu que empresas e governos conhecessem a veracidade dos projetos de créditos de carbono desenvolvidos no Brasil e tivessem mais clareza sobre as diligências necessárias para evitar possíveis irregularidades.

"Desenvolvemos projetos com responsabilidade, monitorando ativamente as ameaças. Além disso, investimos parte da receita em projetos sociais que beneficiam comunidades locais, como escolas, postos de saúde e habitação", explica Michael Greene, CEO da Brazil Agfor LLC, presente no evento em Cartagena.

A empresa de Michael Greene construiu uma infraestrutura robusta relacionada a projetos de crédito de carbono e estabeleceu um alto padrão no mercado. "Construímos seis escolas, seis postos de saúde, 30 unidades habitacionais para professores e mais seis centros comunitários com refeitórios. Tudo isso foi fruto das vendas dos créditos", diz o CEO da Brazil Agfor.

Indígenas de diversas etnias também participaram do evento, incluindo os Mundurukus, Cinta Larga e Parintintins. "A expectativa para este evento é muito grande para a comunidade Cinta Larga. Queremos apresentar nosso projeto e os benefícios que ele trará, como estruturas de escola, postos de saúde e moradia. Também esperamos vender nossos créditos", afirma Elizabete Cinta Larga.

Além disso, o evento contou com a presença do Cacique João Kaba, um marco histórico para os povos indígenas que lutaram por quase uma década para desenvolver e aprovar seus projetos, com apoio da Funai, do Ministério Público Federal e da Brazil Agfor.

Finalmente, as lideranças presentes em Cartagena participaram de um evento internacional discutindo a descarbonização do mundo e apresentando seus projetos a diversos compradores e governos.

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